Setembro Amarelo em Pauta.
Uma Campanha de prevenção ao suicídio e de valorização à vida
A cada 40 segundos, uma pessoa no mundo comete o suicídio segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e há uma estimativa de que 90% dos casos seriam evitáveis. Mas para isso, é necessário mais do que os atendimentos de apoio e tratamento psíquicos disponíveis, é preciso conscientização.
Como tratar o tema
É essencial a informação e conscientização da sociedade sobre suicídio e suas principais causas e caminhos até esse desfecho. Houve, por muito tempo, a ideia de que, quanto menos se falasse sobre o tema, menos ocorreria. Porém os dados e estatísticas mostraram o oposto disso, indicando a importância de se falar sobre o assunto a fim de se apresentar saídas como prevenção.
Fato é que a exploração das ocorrências de morte por esses casos, seja pela arte cinematográfica ou seja pela vida real, induzem a uma crescente nos números de suicídio, o que já foi avaliado por estatísticas nos EUA após apresentação de séries que se utilizavam do tema apresentando o suicídio como final.
No entanto, o que se faz produtivo em prevenção é mostrar as diversas possibilidades existentes como saída para quem não vê mais esperança ou sentido na vida. A discussão eficaz é a que coloca em foco a busca por apoio e a abertura das fragilidades como sinal de força, além de ser a primeira atitude para a solução.
Quebrando Tabus
Falar de suicídio já é um tabu em si. Em geral, as pessoas tendem a evitar ouvir de alguém, em sofrimento psíquico, que deseja se matar. E se chegar a ouvir, grande parte dessas pessoas procuram ignorar essa possibilidade, ressaltando apenas os pontos positivos da vida e motivos pelos quais se deve viver. Mas essa não é a forma eficaz de apoio.
É importante se dispor a ouvir com atenção, demonstrando real interesse, e abrir espaço para o outro falar sobre suas dificuldades. Levantar questionamentos com perguntas amplas, que apenas incentivem que a pessoa se expresse e desabafe sobre o que sente é a melhor forma de começar o diálogo, nunca fechando com julgamentos ou dando opiniões pessoais sobre a visão do outro quanto à situação.
Uma tendência, em geral, é acharmos que basta levar a pessoa a ver a vida por um prisma mais positivo, enquanto o caminho é justamente o acompanhar na sua dor, ouvir sobre seus obstáculos e incentivar a busca por apoio profissional. Aliás, aceitar a necessidade de avaliação e tratamento de especialidades como psicologia e psiquiatria é outro grande tabu, talvez o maior deles, que precisa ser quebrado.
A chave para mudar esse final
O que não se pode negar é que há sempre outras possibilidades de solução, que requerem apenas aceitação de ajuda e abertura para falar sobre o momento em que se está, e não o suicídio. Seja na busca por acolhimento profissional ou pelo apoio da mão estendida mais próxima, caminharmos juntos é a chave que abrirá novos caminhos e saídas.
Afinal, a vida implica em circunstâncias diversas a qualquer pessoa, podendo nos colocar em situações de dor e sofrimento. Mas sempre haverá possibilidades de superação e renascimento.
Fonte de dados:
https://saude.abril.com.br/podcast/suicidio-da-para-antever-e-prevenir-podcast-detetives-da-saude/
https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/setembro-amarelo-2020-prevencao-suicidio/